TOUCH

Jack Bauer fez um mega sucesso, mas eu, particularmente, prefiro o Kiefer Sutherland em Garotos Perdidos (filme dos anos 80, pra quem tem menos de 38 anos). Verdade verdadeira, eu prefiro mesmo o original, o Donald Sutherland...

Donald Sutherland, o original

Kiefer, a cópia

Mas, o enredo de Touch me animou a assistir.. e o Kiefer ta lá, a cara do pai, fazendo um personagem interessante.

Ele é Martin Bohn, um jornalista que perde a esposa no World Trade Center e se vê sozinho com seu filho “autista”. Por causa disso, vai trabalhar em um aeroporto, para ter mais horários livres e cuidar de seu filho. Daí aparece uma assistente social, e blá blá blá... O básico para criar um enredo.

No primeiro episódio, a trama se desenvolve em torno de um celular que se perde, e as pessoas vão gravando vídeos e mensagens nele, e o celular vai rodando o mundo. Parece ser o centro da série, mas aos poucos o celular aparece cada vez menos.

A trama se volta, então, para Jake, filho de Martin, que à primeira vista é um garoto autista como outro qualquer: não gosta de contatos físicos, fica em seu mundo, e “gosta” de números.

 Essa fixação por números vai gerando uma curiosidade no pai, e após várias “coincidências”, Martin percebe que tem algo mais no lance dos números e ele deve decodificar isso rapidamente para ajustar certas situações e deixar o mundo melhor e seu filho mais tranquilo.

 Ok. Legal. Kiefer segue na linha do 24 horas, correndo pra lá e pra cá, para resolver algo em pouco tempo.

 Mas a interação dele com seu filho é muito legal: conforme ele percebe que Jake está se expressando através dos números (esqueci de dizer que o menino nunca falou nada), ele entende (com ajuda do Danny Glover) que estes números não são aleatórios.

Daí entra a parte nerd.

Eu entendo mais ou menos assim, a grosso modo: os números traduzem todos os movimentos do Universo. As sequências existem, para manter o equilíbrio perfeito, mas às vezes, por situações incontroláveis a princípio, geradas por causa do livre arbítrio dos seres humanos, o equilíbrio é afetado e pode ter conseqüências terríveis.

Nesse momento é que as pessoas como Jake precisam interferir, para que o equilíbrio se reestabeleça.

Viajante? Nem tanto.. Quanto ao equilíbrio e a matemática, nada de ficção. Quanto a essas pessoas que estão aqui para garantir o equilíbrio já não sei.. rs..

E nessas, Martin começa a correr para ajustar as coisas que seu filho lhe mostra e, ao mesmo tempo, se aproximar do filho e garantir sua guarda.

Como mãe, me pego imaginando como seria não conseguir me comunicar com minha filha.. O menino já tem uns 12 anos, e o pai não pode abraçá-lo, não consegue manter um diálogo!!! Isso é desesperador pra mim (sou geminiana, preciso falar!!! É uma necessidade.)

Como pseudo-nerd, fico viajando no lance dos números, das sequências que algumas pessoas conhecem, do sentimento de obrigação destas pessoas em colocar as coisas nos eixos... Por que eles conhecem??? De onde tiram esses números???

 E daí vem a viagem: são et´s? são médiuns?

A série está passando no mundo inteiro ao mesmo tempo.. nossa defasagem é de uns 3 dias só, então estamos quase ali com o Primeiro Mundo.

Se você quer correr pra pegar o trem, está em tempo: dia 29 vai passar o 11º episódio.

Toda segunda, às 22h, na Fox.

Vê lá e me diz o que você acha: Física? Espiritualidade? Coincidência?

E pra fechar, Kiefer em Lost Boys (1987), 24 hs (2001 a 2010) e uma foto legal dele.

Em Lost Boys (1987)

Em 24hs (2001 a 2010)

E em uma foto legal, não sei de quando, nem de onde.