Terminator - The Sarah Connor Chronicles

Após novamente evitar o apocalipse em "O exterminador do futuro: o julgamento final", podemos acompanhar a saga de Sarah Connor na luta para proteger seu filho, que nos salvará de um futuro onde a Skynet, um sistema de inteligência artificial, lidera uma legião de máquinas programadas para destruir o mundo como o conhecemos. Na cronologia de "O exterminador do futuro", a série se passa entre o segundo e o terceiro filme ("O julgamento final" e "Rebelião das máquinas", respectivamente).

The Sarah Connor Chronicles já inicia mostrando um belo cartão de visitas: Sarah e John estão cercados por policiais. Presos, todos são atacados por um exterminador. Sarah, agoniada, tenta escapar e salvar o filho, mas o robô assassino o alcança antes, conseguindo enfim concluir sua missão: exterminar John Connor. Em meio à agonia de uma mãe que vê seu mundo desabar com o filho morto nos braços, ela implora para que o robô mate-a também, pois nada mais importa. É aí que a valente guerreira acorda desesperada, tudo não passou de um pesadelo. Sarah então lembra-se do quanto sua missão é importante e arriscada, decidindo abandonar seu marido e mais uma vez mudar-se com John para um lugar onde ninguém os conheça.

PRINCIPAIS PERSONAGENS

SARAH CONNOR (Lena Headey) - Sarah sofre pelo fardo que carrega, abrir mão do papel de mãe para se tornar uma guerreira protetora do filho destinado a salvar a humanidade. Assim com já vemos em "O julgamento final", ela vive exclusivamente para proteger John, não somente por tratar-se de seu filho, mas por este ser a grande esperança da raça humana em um futuro terrível. Logo de cara, Sarah é informada que morrerá de câncer dentro de alguns anos, por isso os três personagens principais avançam ao futuro, em 2007, onde a tecnologia da época já será suficiente para tentar salvá-la. Seu mantra é simples: "John, ninguém nunca está seguro". Sábia, Sarah Connor. Sábia!

JOHN CONNOR (Thomas Dekker) - Em "The Sarah Connor Chronicles", vemos um John Connor ainda adolescente, tentando se adaptar ao destino que lhe foi imposto: o "salvador da humanidade" em um futuro dominado pelas máquinas.

John simplesmente odeia este rótulo, que lhe obriga a viver anonimamente, mudando-se de cidade a cidade sem rumo, trocando de identidade, na esperança de nunca ser encontrado pelos robôs que são enviados do futuro para matá-lo.

CAMERON (Summer Glau) - A musa nerd interpreta uma exterminadora bem ao estilo "hot teen girl", enviada para proteger John. Embora um pouco apelativo, encaixa-se muito bem na série e a Summer faz uma cara de paisagem totalmente no estilo "sou robô e não tenho sentimentos". É a figura mais curiosa do seriado, pois nunca fica claro de que lado ela realmente está, embora insista e demonstre o tempo todo que está ali a serviço do bem. Sarah divide-se entre contar com a ajuda primordial da robozinha e mantê-la sob controle, afinal, nenhuma máquina é confiável o suficiente e "ninguém nunca está seguro".

CROMARTIE (Garret Dillahunt) - Esse é simplesmente o exterminador malvado (dentre tantos outros que aparecem no decorrer dos episódios). 

DEREK REESE (Brian Austin Green) - Irmão de Kyle Reese e tio de John, Derek é integrante da Força Tarefa de humanos que são enviados ao passado para evitar o futuro apocalíptico. Assim como Sarah, Derek não confia em Cameron, mas junta-se aos três na luta pela sobrevivência.

The Sarah Connor Chronicles tem, como objetivo principal, mostrar a transformação de John Connor, um garoto simples que quer viver sua vida normalmente, no grande líder da humanidade na guerra contra as máquinas. Nesse quesito, a série cumpre muito bem o seu papel. A história de "O exterminador do futuro" é muito instigante e cheia de possíveis idéias, muitas alternativas a se imaginar sobre como seria um futuro dominado por máquinas.

A série não é perfeita, mas o assunto é por demais interessante (pelo menos para os fãs de tecnologia, como eu). Há todo um trabalho para enriquecer a história dos filmes e isso é muito bem feito, trazendo elementos que justificam pela lógica todos os fantásticos acontecimentos, embora nem sempre consiga, como por exemplo mostrar John em uma loja de eletrônicos cheia de... garotas?? Cá entre nós, quem engoliria essa? De qualquer modo, infelizmente "Crônicas de Sarah Connor" não caiu nas graças do público e a série foi cancelada após sua segunda temporada. Para quem quiser se arriscar a assistir, fique tranquilo, pois o último episódio produzido não nos deixa com aquela sensação de uma história mal concluída, há um final satisfatório, embora exista ali também abertura para uma terceira temporada. Em geral, não decepciona.

A minha experiência com o seriado foi marcante, pois tornou-se a grande inspiração para meu objetivo acadêmico: o estudo da Inteligência Artificial.

CURIOSIDADES

A trilha sonora segue a tradição dos filmes: é simplesmente ARRASADORA. Confere um clima de suspense e tensão tão grande que torna praticamente impossível assistir às cenas de ação sem ficar com os olhos arregalados.

É de se destacar a semelhança física entre as duas atrizes que interpretaram Sarah Connor (a dos filmes, Linda Hamilton; e a da série, Lena Headey). Tal semelhança também pode ser percebida entre o jovem John da série e o que vemos em "A rebelião das máquinas", já alguns anos mais velho.

CAMERON, a mocinha exterminadora, tem seu nome originado de uma justa homenagem: James Cameron, o diretor dos dois primeiros filmes. Por sinal, os que realmente valem a pena assistir. Para quem não sabe, Cameron, o diretor, também trabalhou em outros filmes bastante consagrados, entre eles Titanic e Avatar. É pouco ou quer mais?

Shirley Manson, vocalista da banda Garbage, está no elenco da segunda temporada, participando de nada menos que 17 episódios!

Não, o famoso T800, interpretado pelo glorioso Arnold Schwarzenegger, não aparece na série. Uma pena!

MEU DIÁLOGO PREFERIDO

Cameron - John [o do futuro] nos mandou a este tempo para lutar. Você é a melhor lutadora que ele já conheceu.
Sarah - Se sou tão boa lutadora, como fui morta?
Cameron - Câncer.

É. A vida é tão irônica quanto injusta...